terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O Potencial das terras férteis no Maranhão

O Maranhão é o único estado que possui os três principais biomas brasileiros: Cerrado, Amazônia Legal e Demais Florestas (transição entre Cerrado e Caatinga). No cerrado a exploração permitida é de 65% do total da área, restando 35% para a reserva legal. Na Amazônia a reserva legal é de 80%, podendo explorar apenas 20% do total da área. Já nas Demais Florestas é o inverso da Amazônia, a reserva legal é 20% e a exploração permitida é de 80%.

No sul do Maranhão, bioma cerrado, a cultura em destaque é a agricultura de grãos, principalmente soja, milho, arroz e algodão. Grandes chapadas como Serra do Penitente e Gerais de Balsas que faz divisa com a Serra do Centro no Tocantins são consideradas a melhor região para essa atividade, com altitudes acima de 500 metros, chuvas regulares e bem distribuídas e alta produtividade na produção. Empresas com expertise no setor como Agrinvest, Brasil Agro e SLC agrícola exploram atividades agrícolas nessas chapadas.
 
No bioma Amazônia, no oeste do estado, o destaque é a pecuária que se caracteriza por ser do tipo extensiva, onde os rebanhos são criados soltos, pastando naturalmente sem muitos cuidados tecnicos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão, reúne a segunda maior área territorial ocupada com atividades agropecuárias no Nordeste. A silvicultura também tem ganhado espaço. Com o anuncio da implantação de uma fabrica da Suzano Papel e Celulose na região de Imperatriz, o numero de agricultores interessados na plantação de eucaliptos aumentou significativamente nos últimos anos.

Já no Leste do Maranhão onde ficam as Demais Florestas, também se destaca a plantação de eucaliptos. Atualmente uma das empresas do Grupo Bertin está comprando terras na baixada maranhense para reflorestamento de árvores. “Nessa primeira fase o grupo está fechando 24 mil hectares, porém a venda final deverá chegar a 83 mil hectares de terras próprias, isso será mais do que a Suzano possui atualmente” diz o consultor de terras José Júnior, da Mapito Empreendimentos Imobiliários. Nessa região existem também áreas consideráveis para fomentar a atividade pecuária. Estima-se que o rebanho de engorda estadual passou de 500 mil cabeças para 1 milhão e 300 mil nos últimos 10 anos

O litoral com uma extensão de 640 km no extremo norte do estado também tem ganhado força no mercado de terras com o principal objetivo para a fabricação de energia limpa. Empresas como a Bio Energy já percebeu isso e já instalou torres de medição de vento e arrendou terras em Tutoia. Outras empresas buscam essas terras costeiras, como é o caso da Renova Energia “percorremos o litoral do Maranhão e Piauí durante uma semana, os gestores da Renova não tiveram dúvidas que a região tem muito potencial eólico e deverão investir no estado em 2012” diz o consultor José Júnior. Com uma grande demanda mundial por energia renovável, o Maranhão que possui uma média de ventos de 8,5 m/s, se candidata a novos empreendimentos no setor energético também.


Preço de terras

Segundo dados da Mapito Empreendimentos Imobiliários na região de Balsas o preço de terras prontas para a produção de grãos podem chegar a R$ 10 mil o hectare. Áreas brutas (virgens) variam entre R$ 1 mil a R$ 3 mil o hectare.

Na região tocantinense do estado as áreas à venda podem chegar a R$ 3 mil o hectare, como no caso de Açailândia. Em Urbano Santos, no baixo parnaiba, a média dos preços de terras fica em média R$ 800 o hectare e no litoral do estado os preços chegam até a R$ 3,3 mil o hectare.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SUL DO MARANHÃO SE DESTACA NO CENÁRIO NACIONAL


Em dezembro de 2011, a pedido da revista Exame, a empresa de consultoria empresarial Deloitte realizou um levantamento para identificar os novos polos de desenvolvimento que estão despontando no interior do Brasil. Dentro dos critérios observados pela Deloitte dez regiões foram destacadas, o sul maranhense se classificou entre elas.


Para explanar essa região do país, o consultor imobiliário rural da Mapito Empreendimentos Imobiliários, José Júnior, relaciona os principais negócios encontrados no sul do estado do Maranhão, no qual destacou o armazenamento, a logística e o agronegócio como as atividades que elegem o estado como promissor.


De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção maranhense de grãos - soja, milho, feijão, arroz e algodão - na safra 2011/2012 deve alcançar 3,384 milhões de toneladas, volume 2,3% superior ao registrado na safra passada e um aumento na área plantada de 9,2%, que saltou de 1,583 milhão de hectares para 1,729 milhão de hectares. “Com esses dados o estado se consolida como o 10º maior produtor nacional de grãos” comenta José Júnior.


Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), no período de 1° de janeiro até 31 de dezembro de 2010 o Maranhão plantou 15.824 (25,47 km) milhas de eucalipto. José Júnior conta que hoje o Maranhão possui cerca de 152 mil hectares plantados de eucalipto, sendo o segundo estado do Brasil com maiores investimentos na área. “Apenas o Mato Grosso do Sul supera o estado na área de eucalipto, com quase 380 mil hectares de plantio” diz.


“A Ferrovia Norte-Sul, quando concluída, possuirá a extensão de 1.980 km e ligará o norte do Maranhão ao oeste do estado de São Paulo, cortando ainda Pará, Tocantins, Goiais, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul”. O consultor da Mapito Empreendimentos Imobiliarios fala ainda que a Norte-Sul tem concluídos e em operação comercial 215 quilômetros entre as cidades maranhenses de Estreito e Açailândia, onde se conecta a Estrada de Ferro Carajás, permitindo o acesso ao Porto de Itaqui, em São Luís.


“O Porto do Itaqui é nacionalmente conhecido por possuir as maiores amplitudes de maré do Brasil e por sua localização privilegiada no globo que permite que o Porto exporte não apenas a produção (principalmente de grãos, biocombustíveis e minérios) do Estado do Maranhão, mas também a da região Centro-Oeste, para vários países do mundo com menores custos e menos dias de viagem, pois ele é o porto brasileiro mais próximo da América do Norte, da Europa e da Ásia” conta José Júnior.


De olho nessa localização privilegiada, nas ótimas perspectivas de negócios e nos números da agricultura e silvicultura no estado, a região sul do Maranhão vem atraindo empresas nos últimos anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) mostram que o crescimento do número de empresas no sul maranhense foi 39% de 2006 a 2008, sendo que o Brasil cresceu nove por cento.


Em 2004, ao procurar um lugar para expandir suas atividades, o grupo Algar Agro ABC escolheu a cidade de Porto Franco para construir uma unidade de armazenamento e esmagamento de soja de 200 milhões de reais. Ano passado se instalou no município a Florestar, empresa de serviços florestais, que já investiu oito milhões de reais. Ainda no entorno de Porto Franco e no segmento florestal, José Júnior diz que mesmo estando entre os projetos da empresa que podem ser adiados, estar sendo erguida uma fábrica de celulose da Suzano, estimada na ordem de quase R$ 5 bilhões e começaria a operar no fim de 2013.


Conforme o consultor da Mapito Empreendimentos, o grupo argentino Los Grobo considerado um dos maiores e mais importantes produtores de grãos do mundo, comprou em 2008 parte da empresa maranhense Ceagro instalada em Balsas e hoje estão consolidados no mercado agrícola regional. Outro exemplo é a BrasilAgro que tem como seu principal negocio o mercado imobiliário rural, sendo assim uma das maiores compradoras de terras no país, em 2010 comprou uma fazenda de 14.358 hectares no município de Tasso Fragoso, por R$ 37 milhões e instalou-se de vez no estado. Nesse mesmo ano foi lançada em Balsas a pedra fundamental da empresa Frango Natto, com unidades já instaladas em todo o país. “A promessa de investimento da empresa foi de aproximadamente R$ 150 milhões nos próximos anos na instalação de uma unidade de produção de farelo de soja para ração animal e abatimento de 150 mil frangos por dia”, diz.



Mapito

A região do Mapito
corresponde as áreas de cerrado do Maranhão, Piauí e Tocantins. O local é uma das regiões onde o agronegócio mais cresce no país, sendo responsável por cerca de 6% da safra brasileira de grãos. A mais nova e promissora fronteira agrícola brasileira está em franco desenvolvimento com a chegada de novas fábricas, siderúrgicas, grandes investidores e fundos internacionais, alem de pequenos, médios e grandes produtores e empresas nacionais.

É bem verdade que a grande maioria dos municípios desses estados encontram-se cidades que crescem desordenadamente e sem infra-estrutura adequada, estradas esburacadas, e outras deficiências. Em frente dessa consequência súbita pujança econômica, o quadro contraditório se debate com grandes glebas de terras com plantações de grãos mecanizadas e altamente produtivas, gerando, claro, emprego e renda.

Sul do Maranhão, Sul do Piauí e Norte do Tocantins são as regiões onde possuem as melhores terras e a maior procura por fazendas de grãos, pecuária e reflorestamento, tendo os preços de terras relativamente mais baratos do país. “hoje temos grupos nacionais e grandes produtores prospectando e finalizando compra de terras agropecuárias nessa região” afirma o consultor José Júnior.