sábado, 28 de maio de 2011

Produtores nacionais e Fundos estrangeiros

Desde agosto de 2010 quando a AGU divulgou um parecer limitando a compra de terras brasileiras para empresas com capital majoritário estrangeiro que fundos de investimentos internacionais estão deslocados do mercado na compra de terras. Esses grupos acreditam que essa medida congelou os negócios em andamento e que o governo brasileiro cometeu um erro ao limitar a venda de terras a estrangeiros. Para eles e alguns especialista do setor, a medida tem inibido investimentos e a entrada de novos recursos.
No entanto, ao menos na região de fronteira agrícola do Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) a compra e venda de imóveis rurais continua em alta e quem dita o ritmo e o rumo do agronegócio nacional, uma vez que essas grandes empresas estão fora, são os pequenos e médios produtores.
Os produtores nacionais visam áreas entre 500 e 5.000 hectares e aproveitam as boas perspectivas do agronegócio com o bom preço das commodities agrícolas e as novas tendências do mercado mantendo assim o setor aquecido, por outro lado, as grandes empresas na maioria delas preferem grandes glebas de terras acima de 10 mil hectares e atuam com a especulação imobiliária (compra, valorização e venda das fazendas)
Em 2011, o cenário para o mercado de terras é de otimismo, esse momento que passa o agronegócio nacional deve atrair investidores mais conservadores para ativos reais, como é o caso das terras. Além disso, o retorno do típico produtor brasileiro ao mercado de terras deverá ser um fator adicional de sustentação dos preços.
Embora hoje os fundos estrangeiros de investimento em terras estejam fora do mercado, a Mapito Empreendimentos Imobiliarios tem informações que muito desses grupos continuam estudando alternativas e prospectando negócios na região do Mapitoba, em especial no Maranhão e Piauí. "O negocio de terras não parou e vai continuar a crescer" diz o corretor de terras José Júnior.